As micotoxinas alteram a barreira intestinal e promovem a passagem de endotoxinas para a corrente sanguínea.
As endotoxinas são toxinas bacterianas (do grego, endo = dentro; toxina = veneno). Elas são as principais componentes da parede de bactérias Gram-negativas, como Salmonella e Escherichia coli. Se encontram no trato intestinal dos animais saudáveis cobrindo 75% da superfície celular das bactérias e são continuamente liberadas no lúmen intestinal após a lise ou proliferação da bactéria (Reisinger et al., 2016).
As endotoxinas são também conhecidas como “lipopolissacarídeos” (LPS) de acordo com sua estrutura: lipídios e açúcares. Especificamente, os LPS são compostos quimicamente de um lipídio (Lipídeo A), o núcleo e uma cadeia externa de polissacarídeos (antígeno O).
O lipídeo A está ligado à bactéria e é a fração mais conservada e bioativa da endotoxina. Por outro lado, o antígeno O difere entre os sorotipos de bactérias (Sarmikasoglou e Faciola, 2021).
Ao contrário de outras toxinas bacterianas, os efeitos tóxicos das endotoxinas são observados apenas quando estas são liberadas da parede bacteriana. E, de fato, em situações de homeostase, o equilíbrio no organismo, as endotoxinas são encontradas no trato intestinal e não representam risco à saúde do animal. No entanto, a alteração da integridade da barreira intestinal permite a translocação de endotoxinas para a circulação sanguínea. Baixos níveis de endotoxinas no sangue podem ser controlados pelo sistema imunológico. No entanto, quantidades constantes de endotoxinas podem sobrecarregar o metabolismo de desintoxicação do organismo e alterar a fisiologia do animal (Erlanson-Albertsson e Stenkula, 2021).
Ademais, diferentes fatores podem promover a presença de endotoxinas, provocar a liberação de endotoxinas e/ou favorecer sua passagem para a circulação de umaforma crítica:
Nesses cenários, as endotoxinas no sangue (endotoxemia) induzem uma potente resposta inflamatória e podem comprometer o desempenho zootécnico dos animais, bem como causar falência de múltiplos órgãos e morte. Além disso, as endotoxinas são fatores agravantes em algumas doenças e o quadro clínico pode variar dependendo da espécie animal (Zhang et al., 2016; Reisinger et al., 2020).
As micotoxinas comprometem a integridade intestinal ao prejudicar a morfometria do epitélio, a parte mais interna da mucosa, vital para o funcionamento da barreira intestinal. É bem conhecido que o estresse oxidativo e os danos ao DNA induzidos por micotoxinas, como DON, causam apoptose. Nesse cenário, observa-se uma redução das vilosidades e da profundidade das criptas, o que pode comprometer a absorção de nutrientes, possível fonte de energia para enteropatógenos. Além disso, as micotoxinas podem causar alterações na composição da mucina que podem promover a presença de endotoxinas no lúmen intestinal. Da mesma forma, as micotoxinas alteram a expressão de junções oclusivas e fatores pró-inflamatórios, o que causa aumento da permeabilidade intestinal, facilitando a passagem de endotoxinas presentes no intestino para a corrente sanguínea e a disseminação para órgãos internos (Ren et al., 2019). Recentemente, foi demonstrado que a coexposição de micotoxinas e endotoxinas potencializa o efeito negativo na permeabilidade intestinal. De fato, Ruhnau et al. (2020) observaram maior translocação de endotoxinas de E. coli para o fígado e baço em galinhas expostas simultaneamente ao DON e à bactéria.
Por outro lado, a exposição a micotoxinas pode proporcionar uma condição favorável ao crescimento de algumas enterobactérias como Campylobacter e alterar a homeostase da microbiota intestinal, promovendo a liberação de endotoxinas.
Neste cenário, a combinação específica de minerais, fitogênicos e componentes orgânicos do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS permite fixar as toxinas, promover a integridade intestinal e controlar o estresse oxidativo e o dano hepático para combater os efeitos sinérgicos das micotoxinas e das endotoxinas.
Na linha da frente da batalha contra as endotoxinas, destaca-se o efeito pós-biótico do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS, atribuído as leveduras selecionadas. Por um lado, a parede de levedura incluída se destaca por seus β-glucanos com alta capacidade de adsorção de micotoxinas, bem como por seu efeito imunoestimulante. Por outro lado, o hidrolisado de levedura fornece mananoligossacarídeos interessantes para ligar endotoxinas, favorece a assimilação de nutrientes e é fonte de vitaminas e nucleotídeos que podem promover a melhoria dos parâmetros produtivos. Além disso, o conjunto de leveduras selecionadas tem um efeito modulador da microbiota intestinal que, por sua vez, determina a presença de endotoxinas.
Teste in vitro para avaliar a eficácia de BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra endotoxinas
Visando avaliar a capacidade de aglutinação do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra as endotoxinas de Salmonella spp. e E. coli, foi realizado um estudo in vitro em colaboração com a Molendotech Ltd. (Reino Unido), laboratório de referência no estudo de endotoxinas.
BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS binds 73% of the endotoxins of Salmonella spp. and 24% of E. coli endotoxins.
Os resultados mostraram que BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS adsorvê simultaneamente micotoxinas e endotoxinas, evitando seu potencial efeito sinérgico, comprometendo a saúde dos animais.
Em conclusão, este estudo evidenciou a capacidade de adsorção do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS não só para mitigar os efeitos das micotoxinas, mas também das endotoxinas. Concretamente, obteve-se uma adsorção de 73% de Salmonella Typhimurium e 24% de Escherichia coli.
Este efeito foi alcançado graças à combinação de ingredientes do produto antimicotoxinas BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS: material adsorvente, fitogênicos e, principalmente, graças à seleção de leveduras incluídas no produto, que proporciona um efeito pós-biótico que protege a saúde animal.
Este estudo foi realizado em conjunto com a Molendotech Ltda.
A empresa que fornece soluções eficazes contra as micotoxinas.
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